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Lotar 5/100Mg 30Comprimidos

Ache | EAN: 7896181908890 | Código: 263737

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Sobre o produto

Lotar, para o que é indicado e para o que serve?

Lotar é destinado ao tratamento de hipertensão arterial (pressão alta).

Como o Lotar funciona?


Lotar reduz a pressão arterial através da ação de dois agentes: um antagonista do receptor da angiotensina II (losartana potássica) e um antagonista dos canais de cálcio (besilato de anlodipino). A ação desses dois componentes se faz de maneira sinérgica, com a losartana bloqueando as ações da angiotensina II, que tem uma potente ação de vasoconstrição (contração dos vasos) e exerce importante papel na regulação da pressão arterial pelo rim, e o anlodipino que tem efeito de dilatação nos vasos arteriais da circulação periférica. A ação conjunta dos dois medicamentos contribui para reduzir a pressão arterial e mantê-la em níveis normais. Com administração oral diária crônica, a efetividade anti-hipertensiva é mantida por pelo menos 24 horas.

Quais as contraindicações do Lotar?

O uso de Lotar é contraindicado se você apresenta hipersensibilidade (alergia) ao anlodipino, à losartana potássica ou aos demais componentes da fórmula. Lotar é contraindicado em pacientes com hiperpotassemia (elevação dos níveis de potássio no sangue), em pacientes que necessitem de cirurgia com anestesia geral e em pacientes portadores de estenose da artéria renal (estreitamento significativo de uma ou ambas artérias dos rins, prejudicando a circulação para os rins). A losartana potássica não deve ser administrada com alisquireno em pacientes com diabetes.

Como usar o Lotar?

Lotar pode ser administrado antes ou após as refeições, devendo ser deglutido junto com um pouco de água.

Em geral, o tratamento inicial é feito com Lotar na menor dose (2,5 mg + 50 mg) que será reajustada conforme avaliação de seu médico. Seu efeito máximo é observado em cerca de 3 a 6 semanas após o início do tratamento. Dependendo da resposta e do objetivo terapêutico, a dose poderá ser alterada para Lotar 5 mg + 50 mg/dia ou 5 mg+100 mg/dia.

Insuficiência hepática

É recomendado cuidado ao se administrar Lotar, devido ao tempo de efeito do anlodipino estar prolongado nestes casos e por um aumento do tempo de efeito da losartana. Se você sofre de disfunção renal deve informar esta situação ao médico que fará o ajuste necessário de dosagem.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Este medicamento não deve ser aberto.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Lotar?


Caso você esqueça de tomar uma dose de Lotar, deverá fazer uso da mesma assim que lembrar, salvo se o horário da próxima dose já estiver muito próximo. Em nenhuma hipótese a dose de Lotar deverá ser dobrada em função do esquecimento de uma das tomadas.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Quais cuidados devo ter ao usar o Lotar?

Se você possui histórico de disfunção hepática (fígado) informe seu médico, pois em geral há necessidade de ajuste de doses.

Deve-se ter precaução em pacientes com hipotensão (pressão baixa) ou que possam estar propensos à hipotensão (por exemplo, durante o uso de diuréticos).

É recomendado ter cuidado se você possui doença coronariana grave (causada pela obstrução total ou parcial das artérias impedindo a circulação sanguínea ideal, no coração), doença da válvula aórtica do coração, doença que cursa com hipertrofia da musculatura cardíaca (miocardiopatia hipertrófica) e/ou no caso de ocorrência de cirurgia com anestesia, pois pode ocorrer queda importante da pressão arterial. Se você já apresentou ou faz tratamento para doenças que afetem os rins, informe ao seu médico antes de iniciar o tratamento com Lotar.

Lotar pode afetar ou ser afetado por outros medicamentos, como: rifampicina, eritromicina, claritromicina (antibióticos).

Uso na gravidez e lactação

Embora não haja experiência com a utilização de Lotar em mulheres grávidas, estudos realizados com losartana potássica em animais demonstraram danos e morte do feto e do recém-nascido; acredita-se que isso ocorra por um mecanismo farmacologicamente mediado pelos efeitos no sistema reninaangiotensina e este risco aumenta se losartana potássica for administrado durante o segundo ou o terceiro trimestre da gravidez. Podem ocorrer potenciais complicações maternas como o oligoidrâmnio (redução de líquido na bolsa amniótica) e fetais como, deformação craniana, anúria (parada de eliminação de urina), hipotensão, insuficiência renal e morte. Quando houver suspeita ou confirmação de gravidez, deve-se descontinuar o tratamento com Lotar o mais rapidamente possível.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Foi demonstrado que anlodipino apresenta passagem para o leite materno em pequenas quantidades. Se está amamentando ou iniciará a amamentação, você deve informar ao seu médico antes de tomar Lotar. Uma vez que muitos fármacos são excretados no leite humano e devido ao potencial de efeitos adversos no lactente, deve-se optar por suspender a amamentação ou o tratamento com Lotar, levando-se em consideração a importância do fármaco para a mãe.

Dirigir e operar máquinas

Não há dados que sugiram que losartana potássica e anlodipino afetem a habilidade de dirigir ou operar máquinas.

Se você estiver utilizando outros medicamentos, podem ocorrer interações entre as ações dos mesmos com gravidade variável. A seguir são descritas as principais interações medicamentosas dos componentes de Lotar de acordo com o potencial de gravidade.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Lotar?

Por se tratar de uma combinação, Lotar pode causar reações adversas comuns a uma ou às duas substâncias desta combinação. Em um estudo clínico realizado com o medicamento, as reações adversas mais frequentes foram o edema de membros inferiores e cefaleia (dor de cabeça).

A seguir são listadas as reações adversas mais frequentes com os componentes de Lotar, conforme os seguintes parâmetros de frequência:

Anlodipino

Reação muito comum (ocorre em 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Inchaço periférico e rubor (vermelhidão).

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Rubor facial (vermelhidão), edema periférico (comum na dose 2,5 mg por dia), rash (erupção na pele), dor abdominal, anorexia, náusea, constipação gastrointestinal, dor muscular (câimbras), falta de ar e tosse.

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Palpitações, alterações na frequência cardíaca, descoloração da pele, vergões vermelhos na pele, pele seca, redução de pelos, dermatite ou sensação de pele fria, manchas vermelhas, dor nas articulações, artrose, dor muscular (mialgia), apatia, amnésia, agitação, perda de sensibilidade, dormência, tremor, vertigem, insônia, sonhos anormais, visão anormal, dor no olho, conjuntivite, visão dupla dos objetos, olho seco, alterações na acomodação visual, sensação de ruído leve, frequência aumentada da urina, urina noturna.

Reação rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Hiperplasia gengival.

A literatura cita ainda as seguintes reações adversas, sem frequências conhecidas: prurido generalizado, ginecomastia (crescimento das mamas nos homens), dor de cabeça, tontura, distúrbios do sono, ansiedade, depressão.

Losartana

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Tosse, congestão nasal, alteração da cavidade sinusal e sinusite, diarreia, dor no estômago, dor nas costas, dor nas pernas, câimbras musculares, dores musculares, fraqueza, tontura, insônia.

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Redução de pelos ou cabelos, dermatite, pele seca, equimose, eritema, rubor, sensibilidade a luz, coceira, sudorese, erupção na pele, gota, efeitos gastrointestinais e digestivos, dor no braço, dor no quadril, inchaço nas articulações, dor no joelho, dor no ombro, rigidez, dor nas articulações, artrite, fibromialgia (dor muscular com pontos sensíveis que dura longos períodos), fraqueza muscular, falta de coordenação dos movimentos, confusão, dormência, diminuição da memória, enxaqueca, sensações falsas da pele (perda de sensibilidade), perda da sensação do toque, distúrbios do sono, sonolência, tremor, vertigem, visão turva, ardor nos olhos, conjuntivite, diminuição da nitidez da visão, ansiedade, depressão, nervosismo, pânico, urina noturna, frequência urinária, infecção urinária, diminuição da libido, impotência, falta de ar, bronquite, rinite, congestão respiratória e inchaço por baixo da pele.

A literatura cita ainda as seguintes reações adversas, sem frequências conhecidas:

Anemia, redução do número de plaquetas no sangue, hepatite, tontura, distúrbios do sono, aumento do potássio sanguíneo e eliminação excessiva de sódio pela urina durante o tratamento com Lotar.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

Qual a composição do Lotar?

Cada cápsula de Lotar 2,5 mg + 50 mg contém:

Besilato de anlodipino*

3,472 mg

Losartana potássica

50 mg

* Equivalente a 2,5 mg de anlodipino base.

Excipientes: lactose monoidratada, celulose microcristalina, croscarmelose sódica, amido, estearato de magnésio, álcool polivinílico, macrogol, talco, dióxido de titânio e corante amarelo crepúsculo laca de alumínio.

Cada cápsula de Lotar 5 mg + 50 mg contém:

Besilato de anlodipino*

6,944 mg

Losartana potássica

50 mg

*Equivalente a 5 mg de anlodipino base. 

Excipientes: lactose monoidratada, celulose microcristalina, croscarmelose sódica, amido, estearato de magnésio, álcool polivinílico, macrogol, talco, dióxido de titânio, corante azul brilhante 133 laca de alumínio e corante amarelo crepúsculo laca de alumínio.

Cada cápsula de Lotar 5 mg + 100 mg contém:

Besilato de anlodipino*

6,944 mg

Losartana potássica

100 mg

*Equivalente a 5 mg de anlodipino base. 

Excipientes: lactose monoidratada, celulose microcristalina, croscarmelose sódica, amido, estearato de magnésio, álcool polivinílico, macrogol, talco, dióxido de titânio, corante amarelo crepúsculo laca de alumínio e corante azul brilhante 133 laca de alumínio.

Apresentação do Lotar


Cápsulas 2,5 mg + 50 mg:

Embalagens com 7 e 30 cápsulas.

Cápsulas 5 mg + 50 mg:

Embalagens com 7 e 30 cápsulas.

Cápsulas 5 mg + 100 mg:

Embalagens com 7 e 30 cápsulas.

Uso oral.

Uso adulto.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Lotar maior do que a recomendada?

Em caso de superdosagem recente, recomenda-se procurar imediatamente um serviço de emergência, informando, se possível, o horário da utilização e o número de cápsulas ingeridas. Devido às ações dos seus componentes podem ocorrer hipotensão grave e taquicardia.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como proceder.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Lotar com outros remédios?

Interações com Anlodipino

Gravidade maior

  • Podem provocar alterações da frequência cardíaca, da condução do estímulo cardíaco ou aumentar o risco de cardiotoxicidade: dantroleno, droperidol.
  • Podem provocar hipercalemia (aumento dos níveis de potássio): amiodarona, atazanavir.
  • Podem provocar queda de pressão arterial: fentanil.
  • Podem influenciar as concentrações plasmáticas dos medicamentos com risco de aumento de efeitos adversos ou alteração de eficácia: rifampicina, eritromicina, claritromicina (antibióticos), erva-de-são-joão (Hypericum perforatum), telaprevir, claritromicina, sinvastatina, tegafur, carbamazepina, dabrafenibe, clopidogrel e domperidona.

Gravidade moderada

  • Podem aumentar o risco de queda de pressão arterial ou redução de frequência cardíaca: betabloqueadores (ex.: acebutolol, alprenolol, amprenavir, atenolol, bisoprolol, bucindolol, buflomedil, carvedilol, conivaptana, ciclosporina, dalfopristina, esmolol, labetalol, metoprolol, nadolol, nebivolol, pindolol, propranolol, sotalol, timolol).
  • Podem influenciar as concentrações plasmáticas e/ou aumentar o risco de efeitos adversos: conivaptana, ciclosporina, dalfopristina, quinupristina, fluconazol, cetoconazol, itraconazol, indinavir, delavirdina, fosamprenavir, ritonavir, rifapentina, saquinavir, posaconazol, voriconazol, ephedra (Ma Huang), óleo de menta, ioimbina, suco de grapefruit (toranja).

Gravidade menor

  • Podem aumentar o risco de hemorragia gastrintestinal: anti-inflamatórios não hormonais (ex.: dexcetoprofeno, diclofenaco, diflunisal, dipirona, ibuprofeno, indometacina, cetoprofeno, cetorolaco, lornoxicam, meclofenamato, meloxicam, nabumetona, naproxeno, nimesulida, oxifembutazona, fenilbutazona, piroxicam, sulindaco, tenoxicam).

Interações com losartana

Gravidade maior

  • Podem provocar maior risco de hipotensão, síncope, alterações de função renal e hipercalemia: inibidores da Enzima de conversão da Angiotensina I (IECAs), alisquireno (contraindicado uso em conjunto).
  • Podem influenciar as concentrações plasmáticas e/ou aumentaro risco de efeitos adversos: lítio, dabrafenibe, primidona, carbamazepina, crizotinibe, piperacilina.

Gravidade moderada

  • Podem reduzir os efeitos anti-hipertensivos e aumentar o risco de insuficiência renal: celecoxibe, diclofenaco, diflunisal, dipirona, ibuprofeno, indometacina, cetoprofeno, cetorolaco, lornoxicam, meloxicam, naproxeno, nimesulida, fenilbutazona, piroxicam, rofecoxibe, tenoxicam, valdecoxibe.
  • Podem aumentar o risco de hipercalemia: eplerenona, potássio, espironolactona, triantereno, amilorida, canrenoato.
  • Podem influenciar as concentrações plasmáticas dos medicamentos: fluconazol, indometacina, rifampicina, ácido flufenâmico, ácido mefenâmico, ácido niflúmico, ácido tiaprofênico.

Gravidade menor

  • Podem reduzir a eficácia dos antagonistas dos receptores da angiotensina II: ephedra (Ma Huang), ioimbina, suco de grapefruit (toranja).

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Interação alimentícia: posso usar o Lotar com alimentos?

Interaçãoes com Anlodipino

Gravidade Moderada

Efeito de interação: Alimento:
Aumenta a concentração sérica do anlodipino. Suco de Grapefruit (toranja).

Interações com losartana

Gravidade Menor

Efeito de interação: Alimento:
Aumenta a meia-vida e diminui a Área sob a Curva (AUC) do metabólito ativo da losartana (E3174). Suco de Grapefruit (toranja).

Qual a ação da substância do Lotar (Besilato de Anlodipino + Losartana Potássica)?

Resultados de eficácia

Um estudo multicêntrico, randomizado, duplo-cego e comparativo avaliou a eficácia e a tolerabilidade, em médio e longo prazos da combinação fixa de anlodipino e losartana em pacientes hipertensos primários estágios 1 e 2, comparando-os com esquemas terapêuticos em monoterapia com anlodipino e losartana (Estudo LOTHAR: Combinação de Anlodipino e Losartana no Tratamento da Hipertensão Arterial)

A eficácia anti-hipertensiva foi avaliada através de dois critérios diferentes de normalidade da pressão arterial: Pressão Arterial Diastólica (PAD) ≤ 90 mmHg e PAD ≤ 85 mmHg, sendo esse último utilizado como parâmetro para indicar titulação da dose dos medicamentos em estudo. O efeito hipotensor dos três esquemas terapêuticos foi avaliado tanto pela pressão de consultório como pela monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA). Foi avaliada também a influência desses tratamentos sobre o metabolismo da glicose e dos lípides.

Foram selecionados 204 pacientes alocados nos três braços do estudo e, 198 pacientes fizeram parte das análises de eficácia e tolerabilidade, sendo 66 alocados a cada um dos braços do estudo.

Após um período de três semanas de suspensão da medicação anti-hipertensiva prévia (semana 0), pacientes hipertensos primários estágio 1 e 2, de ambos os sexos, com idade entre 21 e 70 anos de idade, que obedeciam aos critérios de inclusão e exclusão do estudo, foram alocados de forma randomizada e duplo-cega para tratamento com a combinação fixa de anlodipino e losartana na dose inicial de 2,5/50 mg /uma vez ao dia ou anlodipino 5 mg/dia, ou ainda losartana 50 mg/dia durante seis semanas.

Ao final da sexta semana de tratamento, os pacientes que haviam alcançado a meta de redução da pressão arterial (PAD ≤ 85 mmHg) continuavam a receber a medicação na mesma dosagem por seis semanas adicionais. Já pacientes com valores da PAD > 85 mmHg tiveram a dosagem da medicação das próximas seis semanas de seguimento aumentada para 5,0/100 mg no caso da combinação fixa, 10 mg no grupo anlodipino isolado e 100 mg para os pacientes tratados apenas com a losartana, sendo novamente reavaliados na 12a semana do estudo.

Ao final da 12a semana de tratamento, somente os pacientes que se beneficiaram do esquema terapêutico a que estavam submetidos (obtiveram normalização pressórica definida como PAD ≤ 85 mmHg ou apresentaram redução da PAD ≥ 10 mmHg) entraram de forma voluntária na fase de extensão duplo- cega do estudo por mais quarenta semanas, sendo avaliados a cada oito semanas no tocante à eficácia anti-hipertensiva e tolerabilidade.

Eficácia anti-hipertensiva em médio prazo

A pressão arterial dos três grupos que era semelhante no período basal reduziu-se significativamente já a partir da terceira semana de tratamento nos três grupos (p < 0,001 versus semana 0) e atingiu ao final da 12a semana valores semelhantes nos grupos tratados com o anlodipino isolado e com a combinação fixa de anlodipino e losartana (135,4 ± 12,2 / 85,7 ± 7,0 mmHg e 134,6 ± 15,0 / 86,2 ± 9,4 mmHg, respectivamente). Já nos pacientes tratados somente com a losartana, a redução da pressão arterial, embora significante, foi menor, atingindo ao final das doze semanas de tratamento valores de 143,1 ± 15,3 / 91,3 ± 9,7 mmHg (p < 0,04 versus anlodipino + losartana). Na 12a semana de tratamento, a média das doses de cada regime terapêutico era: 8,8 mg/dia; 91,1 mg/dia e 4,1+86,2 mg/dia, respectivamente, para os grupos anlodipino, losartana e combinação fixa de anlodipino e losartana (figura 1).

Dos 66 pacientes tratados com a combinação fixa de anlodipino e losartana, 48 (72,7%) alcançaram PAD < 90 mmHg ao final da 12a semana do estudo, e desses em 35 (53%) a PAD foi inferior ou igual a 85 mmHg.

À semelhança do observado na medida de consultório, a redução da pressão arterial na Monitorização Ambulatorial de Pressão Arterial (MAPA) nos pacientes tratados somente com a losartana, embora significativa, foi menor (P < 0,001) que a observada nos dois outros grupos do estudo.

O efeito anti- hipertensivo dos três regimes terapêuticos foi adequado, mantido nas 24 horas, uma vez que a relação vale-pico calculada foi superior a 50% nos três regimes, sendo, respectivamente, 76,7% para a combinação fixa, 92,1% para o anlodipino, e 60,1% para a losartana (figura 2).

Eficácia em longo prazo

Dos 198 pacientes que participaram da fase inicial do estudo, 120 foram considerados na análise de eficácia dos três regimes terapêuticos em longo prazo, e desses, 109 completaram o estudo. A redução da pressão arterial obtida com a combinação fixa de anlodipino e losartana observada na fase inicial do estudo manteve-se pelo período de um ano de seguimento, não diferindo do comportamento da pressão arterial do grupo anlodipino isolada que também se manteve igualmente reduzida nas 52 semanas de tratamento.

À semelhança do observado na fase inicial do tratamento, a redução da pressão arterial em longo prazo no grupo losartana isolada foi significativamente menor que nos demais grupos. Observou-se em longo prazo perda significativa da eficácia anti-hipertensiva especialmente nos grupos tratados somente com losartana (de 79,3% para 51,7%) ou anlodipino (de 97,7% para 75%). Já nos pacientes tratados com a combinação fixa de anlodipino e losartana, a perda de eficácia em longo prazo foi muito menor (de 93,6% para 87,2%) que a observada com os outros dois regimes terapêuticos (figura 3).

O grau de redução das pressões arteriais sistólica e diastólica durante as 24 horas, na vigília e durante o sono, observado após doze semanas de tratamento, manteve-se no mesmo patamar nas MAPAs realizadas nesses pacientes na 32a e na 52a semanas do estudo, confirmando desse modo a manutenção do controle pressórico em longo prazo.

A combinação fixa não alterou os metabolismos da glicose e dos lípides tanto em médio quanto em longo prazos.

Características farmacológicas

Este medicamento é a combinação dos dois anti-hipertensivos, os quais apresentam ações complementares e sinérgicas.

Farmacodinâmica

A losartana potássica é um antagonista do receptor (tipo AT1) da angiotensina II. A angiotensina II, um potente vasoconstritor, é o principal hormônio ativo do sistema renina-angiotensina e o maior determinante da fisiopatologia da hipertensão. A angiotensina II liga-se ao receptor AT1 encontrado em muitos tecidos (por exemplo, músculo vascular liso, glândulas adrenais, rins e coração) e desencadeia várias ações biológicas importantes, incluindo vasoconstrição e liberação de aldosterona. A angiotensina II também estimula a proliferação de células da musculatura lisa. Um segundo receptor da angiotensina II foi identificado como subtipo AT2, mas sua função na homeostase cardiovascular é desconhecida.

A losartana é um composto sintético potente, ativo por via oral. Em bioensaios de ligação e farmacológicos, liga-se seletivamente ao receptor AT1. In vitro e in vivo, tanto a losartana quanto seu metabólito ácido carboxílico farmacologicamente ativo (E-3174) bloqueiam todas as ações fisiologicamente relevantes da angiotensina II, sem levar em consideração sua fonte ou via de síntese. Diferentemente de alguns antagonistas peptídicos da angiotensina II, a losartana não tem efeitos agonistas.

A losartana liga-se seletivamente ao receptor AT1 e não se liga ou bloqueia outros receptores de hormônios ou canais iônicos importantes na regulação cardiovascular. Além disso, a losartana não inibe a ECA (cininase II), a enzima que degrada a bradicinina. Conseqüentemente, os efeitos não- relacionados diretamente ao bloqueio do receptor AT1, como a potencialização dos efeitos mediados pela bradicinina ou o desenvolvimento de edema (losartana: 1,7%; placebo: 1,9%), não estão associados à losartana.

O anlodipino é um antagonista dos canais de cálcio, quimicamente diferente de sua classe (diidropiridínicos), caracterizado por sua capacidade de associação e dissociação com o sítio de ligação do receptor e conseqüente início gradual de ação. Atua diretamente na musculatura lisa vascular, causando redução da resistência vascular periférica e diminuição da pressão arterial. Como outros antagonistas dos canais de cálcio, em pacientes com função ventricular normal ocorre um discreto aumento na freqüência cardíaca, sem influência significativa na pressão diastólica final de ventrículo esquerdo. Estudos demonstraram que o anlodipino não está associado a um efeito inotrópico negativo quando administrado na dose terapêutica, mesmo co-administrado com bloqueadores. Não produz alteração na função nodal sinoatrial ou atrioventricular.

Farmacocinética

A losartana potássica, após a administração oral, é bem absorvida e sofre metabolismo de primeira passagem, formando um metabólito ativo do ácido carboxílico e outros metabólitos inativos. A biodisponibilidade sistêmica dos comprimidos de losartana é de aproximadamente 33%. As concentrações máximas médias de losartana e de seu metabólito ativo são alcançadas em 1 hora e em 3 a 4 horas, respectivamente. Não houve efeito clinicamente significativo no perfil da concentração plasmática de losartana quando o fármaco foi administrado com uma refeição padronizada.

O anlodipino é bem absorvido por via oral, atingindo picos plasmáticos entre 6 e 9 horas. Liga-se em cerca de 93% às proteínas plasmáticas. Sua biodisponibilidade absoluta é estimada entre 64 e 90%, não sendo alterada pela alimentação. Aproximadamente 90% do anlodipino é convertido em metabólitos inativos, via metabolismo hepático. Sua eliminação do plasma é bifásica, apresentando meia-vida de eliminação de 35 a 50 horas. Os níveis plasmáticos estabilizados são atingidos após o sétimo ou oitavo dia de tratamento. Com administração oral diária crônica, a efetividade anti-hipertensiva é mantida por pelo menos 24 horas.

Como devo armazenar o Lotar?

Conservar o medicamento em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC). Proteger da luz e da umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas

Lotar 2,5 mg + 50 mg

Apresenta-se na forma de cápsula dura, com tampa vermelho vinho e corpo branco, contendo pó branco e comprimido revestido circular, de cor laranja.

Lotar 5 mg + 50 mg

Apresenta-se na forma de cápsula dura, com tampa azul e corpo branco, contendo pó branco e comprimido revestido circular, de cor verde.

Lotar 5 mg + 100 mg

Apresenta-se na forma de cápsula dura, com tampa verde-escuro opaca e corpo branco, contendo pó branco e comprimido revestido circular, de cor verde.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto do medicamento, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Lotar

MS - 1.0573.0577

Farmacêutica Responsável:
Gabriela Mallmann
CRF-SP nº 30.138

Registrado por:
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A
Av. Brigadeiro Faria Lima, 201 – 20º andar São Paulo – SP
CNPJ 60.659.463/0029-92
Indústria Brasileira

Fabricado por:
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A
Av. das Nações Unidas, 22.428 - São Paulo - SP

Venda sob prescrição médica.

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